Namastreta

A gira de esquerda na Umbanda pelo olhar de um fotógrafo médium

Foto: Uriel Penna

Por Caroline Apple

“Apaga a luz, acende a vela, que a magia vai começar. A Umbanda sem Exu não existe. A Umbanda sem Exu não há…”

Para o fotógrafo e filmmarker Uriel Penna é nessa hora que o “role” começa. Penna está na caminhada no autoconhecimento e trafega por diversas egrégoras diferentes, entre elas a da Umbanda.

As giras com as quais mais se identifica são as de esquerda, onde Exus e Pombagiras pedem passagem para trabalhar através dos médiuns. Mas não é só Uriel que tem esse apreço por essas entidades. As giras de esquerda nos terreiros tendem a ser as mais cheias e concorridas.

O fotógrafo frequenta o terreiro Ilê – Serra do Despertar, em Mairiporã, Interior de SP. É lá que Penna desenvolve sua mediunidade e sua sensibilidade para a fotografia.

“A gente sai da luz da cidade e a luz da vela se manifesta e mostra sua presença. Os elementos ritualísticos da Umbanda, como a defumação, as bebidas em algumas giras, os médiuns que entram no processo da introspecção para se conectarem com os arquétipos e energias do Orixás fazem do processo uma dinâmica muito rica. Quando estou lá, estou vendo isso tudo, sentindo isso tudo e sentindo as forças dos meus guias enquanto fotografo”, diz.

Uriel conta que afinar a conexão com seus guias fez com que ele parasse de quebrar a cabeça para fotografar. “Entra no sutil. No sentir. É uma troca respeitosa entre matéria e astral.”

Conheça mais do trabalho de Uriel Penna em sua conta no Instagram.

Confira as fotos:

Foto: Uriel Penna
Foto: Uriel Penna
Foto: Uriel Penna
Foto: Uriel Penna
Foto: Uriel Penna
Foto: Uriel Penna