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Conselho Federal de Farmácia afirma que óleos essenciais devem ser usados com orientação

Uma busca rápida na internet e o resultado é uma infinidade de opções, com finalidade para tudo o que se possa imaginar. A sensação é a de que eles servem para tudo, e que só fazem bem! Porém, é fundamental saber que os óleos essenciais, assim como qualquer outro produto para a saúde e o bem-estar, não são inofensivos e, para que surtam os efeitos positivos esperados, somente devem ser utilizados para o que estão indicados e com orientação profissional. O alerta é do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim), do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Quem fala sobre o assunto é a farmacêutica Carolina Maria Xaubet Olivera, doutora em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto.

A farmacêutica explica que os óleos essenciais são concentrados voláteis extraídos de vegetais. Quando processados corretamente, esses óleos contêm compostos químicos potentes, sendo usados na aromaterapia, uma prática terapêutica milenar para a promoção da saúde, bem-estar e higiene. “Alguns estudos comprovam os benefícios de determinados óleos essenciais no alívio do estresse, da ansiedade, com efeitos temporários. Os óleos essenciais também auxiliam na melhora do humor e da qualidade do sono, e na diminuição de náuseas e vômitos pós-operatórios, sinais e sintomas que também estão entre as complicações do câncer.

“A maioria dos autores recomenda o emprego dos óleos essenciais como tratamento adjunto da medicina tradicional”, comenta Carolina Maria Xaubet Olivera, ressaltando que esses produtos não podem substituir nenhum medicamento prescrito. “As práticas integrativas e complementares, entre as quais a aromaterapia, não substituem o tratamento tradicional, da medicina convencional. Elas são um adicional, um complemento no tratamento, e devem ser utilizadas sob indicação profissional, conforme cada caso.”

Mas, os óleos essenciais apenas fazem bem? Não. Nem todos são adequados para o uso em aromaterapia. “Alguns óleos são cancerígenos, fototóxicos, hepatotóxicos, neurotóxicos e nefrotóxicos. Outros podem causar sensibilização e irritação, e não devem ser aplicados na pele. Embora sejam produtos naturais, se não adulterados, eles também são muito potentes. E é de vital importância que sejam manuseados com o conhecimento necessário para garantir o seu uso seguro e eficaz”, alerta a farmacêutica.

E não é porque seja um produto natural que não cause reações adversas. “O óleo de lavanda tem propriedades hormonais e o uso oral ou tópico deve ser evitado em pacientes com câncer sensível a hormônios. Também é sugerida a descontinuação dos produtos de óleo essencial se houver suspeita de ser uma possível causa de telarca precoce idiopática ou ginecomastia pré-púbere (aumento dos seios em crianças).”

Não existem regulamentos sanitários específicos que se apliquem aos produtos do tipo aromaterapêutico destinados a homens, mulheres ou crianças. Mas, casos especiais como o uso durante a gravidez, por crianças e por adultos vulneráveis, e o uso simultâneo com medicamentos, deverão ser levados em consideração no fornecimento desses produtos ao público em geral. É importante lembrar que a Federação Internacional de Aromaterapistas não recomenda a ingestão de óleos essenciais. “Certos óleos são tóxicos quando ingeridos, portanto, em nenhuma circunstância, ninguém deve tomar óleos essenciais por via oral sem a receita de um médico devidamente qualificado”, alerta Carolina Maria Xaubet Olivera.

Conforme a farmacêutica, os óleos essenciais precisam ser tratados com o mesmo cuidado dispensado aos medicamentos convencionais. E requerem cuidados, que ela destaca a seguir: “Os óleos essenciais não devem entrar em contato com os olhos e as mucosas, e muito menos devem ser aplicados puros na pele. É sempre melhor diluí-los em óleo inerte (vegetal ou mineral), loção ou creme de base adequados. Também é recomendado manter esses produtos fora do alcance das crianças e evitar a exposição à luz solar direta. Os óleos essenciais cítricos nunca devem ser expostos aos raios UV, pois são fotossensíveis”, orienta.

Entre os profissionais da área da saúde que podem orientar sobre o uso correto dos óleos essenciais estão farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas e médicos. Respeitando seu âmbito de atuação, cada um deles pode verificar a necessidade ou não de uso de um óleo essencial. Carolina Maria Xaubet Olivera destaca que, se o uso de óleos essenciais for indicado em combinação com medicamentos, é aconselhável a consulta farmacêutica. “De forma geral, sugere-se que os pacientes em uso de práticas integrativas e complementares consultem um farmacêutico clínico qualificado e familiarizado com a poliprescrição para uma avaliação dos medicamentos utilizados”, conclui.

(Via assessoria de imprensa do CFF)

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