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Terapia sonora promove estado meditativo profundo e equilíbrio energético

Por Caroline Apple

Cheguei para uma sessão de sound healing, a também chamada terapia do som, sem ter a menor ideia do que esperar. O máximo que eu poderia falar sobre o assunto é que esse tipo de atendimento trazia tigelas de cristais e uma cama que se assemelha a uma harpa, com cordas embaixo dela para emitir sons enquanto o paciente está deitado.

Meu momento era delicado. Havia passado uma semana tratando de excessos vividos no fim de semana anterior, no qual eu achei de bom tom aproveitar o pré-carnaval como se não houvesse amanhã. Estava enfrentando baixas físicas, espirituais e emocionais.

Fui atendida pelo terapeuta Felipe Sucupira, do Projeto ELEVA Sound Healing. Uma bela casa na região do Butantã (zona oeste da capital paulista), toda clara, oferecia um silêncio reconfortante. Era, sem dúvida, um afago para o meu barulho interno.

Ao adentrar na sala de atendimento ele praticamente resumiu o que eu pensava: “é o consultório do futuro”. Uma mistura de elementos high-techs com a natureza. Pedras, ervas de defumação, instrumentos ancestrais, como tambores e chocalhos, dividiam espaço com a cristalidade moderna das tigelas, o notebook, que ajudava em avaliações energéticas para a anamnese, e instrumentos de um tipo de ferro e outros de vidro.

Eu, realmente, não sabia o que esperar diante de tantos elementos diferentes e discrepantes que ali se apresentavam em perfeita harmonia.

A união do rústico com o moderno

Defumação e pedras com elementos hig-tech

Ao chegar, fui convidada a me sentar numa confortável poltrona e colocar meus pés dentro de um recipiente cheio de pedrinhas escuras e claras extremanente relaxante. As pedras, segundo o terapeuta, ajudam a “descarregar” as energias. Tive que concordar diante do bem-estar que eu sentia com os pés ali.

Então, começamos o atendimento. O papo, logo de cara, mexeu comigo. Eu chorei muito. Fazia tempo que não chorava tanto. Expurgava sentimentos reprimidos e secreções que me entupiam numa mescla de rinite com resfriado. As palavras de Felipe eram certeiras e cuidadosas. De olhos fechados, ele parecia se conectar com a energia mais sutil que conseguisse para trazer a melhor fala para o momento.

Conversávamos enquanto eu desabafava num pequeno microfone conectado ao computador, onde era usado um software para avaliar a vibração da minha voz por meio de uma leitura chamada Bioacústica. Depois, dedinhos dentro de uma caixinha captavam minha frequência energética e davam a ele um Norte de tudo que estava em desarmonia vibracional em mim. O processo chama Bioeletrografia.

Esses recursos indicam para o terapeuta os déficits energéticos, como um mapa, então ele converte os resultados desequilibrados em nota musical, sabendo assim qual o tipo de som que ele deve vibrar para equilibrar a energia do paciente. Eu fiquei impressionada. Primeiro porque o programa de computador realmente monstrava desajustes em locais nos quais eu os sentia. Minha região nasal estava horrível e meu chacra umbilical seguia desajustado diante dos desafios de ser mulher nesse momento da humanidade.

Hora de deitar

O set de tigelas preparado exclusivamente para cada paciente

Eu estava animada para deitar na maca com cordas [nas fotos ilustrativas o atendimento estava sendo feito no chão]. Eu já tinha visto uma daquelas num espaço holístico na Chapada dos Veadeiros, mas não tive a chance de fazer o atendimento. Mas antes de deitar, o conhecimento milenar das ervas deu as caras. Uma bela defumação foi feita. A fumaça era espalhada pelo meu corpo com uma pena. A ancestralidade estava ali presente em meio a tecnologia. É realmente o futuro: a integração.

Me deitei na maca e fechei meus olhos. Então a sessão com as tigelas começou. Adoraria narrar minhas sensações naquele momento, mas não posso. Eu apaguei. Mas eu não dormi. Entrei num estado meditativo profundo, induzido pelo som. Eu, enfim, descansava meu corpo, minha mente a minha alma numa sintonia muito mais fina e revigorante do que o próprio sono.

Felipe foi me convidando a voltar depois de um longo tempo que pareceram minutos para mim. Eu nem sabia narrar o que estava sentindo. Mas eu estava profundamente bem. Então, ele me pediu para escrever em um post-it coisas que eu gostaria de desenvolver em mim. Ele pegou o papel e o colou em uma garrafa com água, mas não era uma água qualquer. Essa água ficou vibrando dentro de uma das tigelas, que emanava exatamente o som que “me faltava” naquele momento. Me recomendou dar um gole durante sete dias após a meditação. E assim eu fiz com a chamada “Essência Sonora”.

Sai do “consultório do futuro” grata. Entendendo realmente a importância de manter nosso equilíbrio energético num ato de prevenção de doenças. Não precisa ir num atendimento como esse apenas quando se está mal, como eu estava. Ali se mostrou pra mim uma ferramenta importante para manter a harmonia do nosso ser e evitar que os desequlíbrios nos adoeçam.

Quem quiser também pode solicitar uma “Pílula Sonora”, uma música criada especialmente para cada paciente com as frequências necessárias diante do que a anamnese apresentou.

A vontade que eu tenho é só de voltar.

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