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Minha primeira massagem tântrica

Eu me permiti receber uma massagem tântrica de um terapeuta que há alguns anos atendia no Espaço Luzeiro, local onde eu atuava com psicoterapia e ele com massagem tântrica. Conversávamos sobre as terapias e processos emocionais. Eram trocas muito ricas, mas nunca tive coragem de fazer uma massagem dessas.

Anos depois, quando já não tinha contato com esse terapeuta, comecei a viver uma crise forte no meu relacionamento e já não me reconhecia. Foi quando senti que o modo de viver minha libido precisava mudar. Lembrei desse terapeuta e entrei em contato para conversar. E, então, marcamos uma primeira conversa.

Fui até seu atual espaço de atendimento chamado, Agra Terapias, e conversamos por horas.

Sou uma pessoa extremamente crítica ao trabalho desenvolvido com pessoas. Para se trabalhar com pessoas é preciso ter noção do quão delicado é provocar emoções e sentimentos e amparar as consequências.

Nessa conversa ele conseguiu me mostrar a seriedade do seu trabalho e o respeito pela psicologia. Senti que podia confiar nesse profissional e marquei minha primeira massagem tântrica.

No dia da massagem conversamos por mais uma hora e, então, ele me deixou a vontade na sala. A luz estava baixa, a sala bem quentinha, colchonete coberto com um lençol branco, cortina fechada. Eu tirei toda a roupa, inclusive os brincos, o porque eu não sei.

Ele retornou. Eu estava deitada no colchonete com os olhos fechados e disse: “Ai meu Deus!”. Ele deu uma risada tão amistosa e empática diante do meu desconforto que me fez rir e relaxar.

Ele já havia me explicado como seria e que se eu falasse algo que demonstrasse que eu não queria mais ele iria parar. Suavemente começamos essa viagem. Primeiro a famosa massagem sensitive, em que eu quase não senti nada, pois minha sensibilidade estava comprometida por anos de um padrão de estímulo diferente do sutil.

Quando começou a massagem na vulva foi bastante prazeroso, porém a massagem no clítores me trouxe para um lugar de agonia e ,então, o terapeuta, no seu papel fundamental, me conduziu de forma extremamente presente e consciente do que estava acontecendo.

Foi então que acessei a história do meu nascimento e as dores emocionais da minha mãe em relação a história de relacionamentos dela, com seus pais, marido, filhas, com ela mesma. Foi tão profundamente doído que se eu não tivesse o apoio desse terapeuta eu poderia ter tido um colapso ou ter piorado o problema que eu fui buscar ajuda a resolver.

Nesse momento eu chorava copiosamente e imagens me vinham à mente de vivências não só minhas, mas de minha mãe. Mas, em não me sentia sozinha, eu sentia que havia uma guiança segura e amorosa desse terapeuta. Eu sentia que não seria abandonada, que iríamos juntos até onde eu permitisse e precisasse.

Então, com coragem prossegui no mergulho dos sentimentos que me tomavam. Fui acolhendo toda a dor minha e ancestral feminina, histórias de relacionamentos e abandonos. E nessa hora eu entendi o porque da importância de ser um homem terapeuta para a mulher. Foi uma acolhida do meu feminino e uma reconciliação com meu masculino.

Seguindo nessa jornada, senti meu corpo todo estremecer e a agonia foi se transformando em uma gostosura que me fez rir. O terapeuta riu também. Então, gargalhei, gargalhei, gargalhei e o tesão explodiu.

Senti claramente que toda tensão histórica, que eu não tinha consciência, havia se manifestado. Eu acolhi o sofrimento, dei sua devida razão, reconheci como parte da minha constelação familiar e, assim, reconhecido já podia ser libertado e dissipado. Por isso, pude gargalhar e seguir com minha libido livre para vir a tona o orgasmo.

Ahhhh o orgasmo…já ouviram falar de ficar três, quatro horas tendo um orgasmo. Simmmm, isso existe!

Nessa primeira massagem eu não consegui por tantas horas, foi muito catártico, mas foi tempo, viu?! Não me lembro quanto e não estava contando e nem me ocorreu em perguntar para o terapeuta.

Sai rouca de tantos gritos e gemidos maravilhados. Senti como meu corpo é um captador, reator e expansor de energia. Foi absurdamente fantástico.

Depois disso tive mais duas massagens que em algum momento virei contar.

Quero ressaltar que a postura desse profissional foi fundamental para que eu pudesse conectar com minhas dores e, só então, ter meu prazer.Agradeço imensamente a consciência responsiva do Dan Agra. E um carinho especial para sua companheira Patrícia Agra, que é o esteio desse trabalho.

Psicóloga há 14 anos, com ênfase na abordagem reichiana, Ana Paula Machado trabalha com assuntos como sexualidade e sexo, atendendo pessoas que buscam conexões intensas e mais amorosas consigo mesmas e com a vida e nas relações. Sua caminhada pelo autoconhecimento a levou a tantas experiências magníficas e libertadoras, que hoje sua jornada se concentra no eterno resgate do Amar. @ana_psicologa

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