Início Editorias Meditação Pesquisador 'especialista' em meditação conta qual a melhor prática durante o isolamento

Pesquisador ‘especialista’ em meditação conta qual a melhor prática durante o isolamento

Por Caroline Apple

‘Especialista em meditação’, pesquisador Andrew Newberg indica a melhor prática para o momento de quarentena. Foto: Matt Rourke, AP

Em tempos de isolamento, a meditação pode ser uma importante ferramenta para lidar com o estresse, a ansiedade, os medos e todos os demais sentimentos, emoções e sensações desconfortáveis que podem surgir neste período. Apesar de todas as técnicas trazerem algum tipo de benefício, há práticas que oferecem resultados práticos em um curto espaço de tempo diante dos efeitos da quarentena.

Em entrevista ao Namastreta, Andrew Newberg, diretor de pesquisa do Centro de Medicina Integrativa do Myrna Brind Center, da Universidade e Hospital Thomas Jefferson, no campus da Filadélfia (EUA), e responsável pela publicação de um dos primeiros estudos sobre meditação e cérebro, afirmou que exercícios de relaxamento, como concentrar-se na respiração ou praticar mindfulness (atenção plena), podem colaborar para redução do estresse e da ansiedade.

“Durante qualquer período estressante, a meditação e as práticas espirituais relacionadas, como, por exemplo, a oração, podem ser úteis para reduzir a ansiedade e a depressão. Além disso, enquanto as pessoas estão em quarentena, pelo menos, as práticas lhe darão algo para fazer por um período de tempo”, explica Newberg.

E quem acha que precisa de tempo de prática para colher os benefícios está enganado. Newberg explica que os efeitos podem ser quase que imediatos. “Se alguém seguir a respiração por 30 segundos ficará mais relaxado e menos estressado. Obviamente, quanto mais você pratica e quanto mais tempo pratica, mais profundos os efeitos podem ser”, afirma.

O pesquisador mostra que quem comprova os efeitos da prática é a ciência, que, por meio de exames que fazem uma ‘varredura’ cerebral, mostra que práticas mais profundas e mais longas podem mudar o cérebro não apenas durante a atividade, mas também em longo prazo.

“Descobrimos que os meditadores com mais de 15.000 horas de prática possuem lóbulos frontais mais espessos do que aquelas que não praticam. É como se eles tivessem um peso elevado para o cérebro e, assim como um músculo, o cérebro se tornou maior e mais forte”, conta.

Se a intenção é realizar práticas com o intuito de ter experiências espirituais mais profundas, a abordagem deve ser diferente do que apenas relaxar e respirar com atenção plena, porém, a escolha do tipo de prática meditativa é pessoal.

“O aspecto mais importante de se praticar uma meditação é encontrar uma que seja consistente com suas crenças e objetivos”, ressalta. “Se a prática o deixa ansioso ou não está ajudando, talvez seja necessário tentar algo diferente. É normal tentar algumas das práticas mais populare, porque elas foram mais pesquisadas e mais pessoas as praticam. Mas isso não significa que toda prática seja adequada para todas as pessoas. Cada pessoa deve explorar o que é certo para ela”, finaliza o pesquisador.

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