Por Caroline Apple*
Estão rolando diversos debates na Internet sobre pessoas que estão fazendo encontros como cultos, rituais de ayahuasca entre outras formas externas de buscar conexão e interação com a consciência cósmica, cada um à sua maneira, em meio ao período de isolamento.
Seja evangélico, católico, daimista, ayahuasqueiro, umbandista ou espírita, o que todas as egrégoras têm em comum é a necessidade de congregar para que se afine essa conexão natural enfraquecida nos últimos séculos por conta de tantos acontecimentos que nos afastaram de nossa essência divina.
Porém, que necessidade é essa de buscar do lado de fora aquilo que está dentro da gente a ponto de colocar a sociedade em risco?
Passou da hora das pessoas espiritualizadas (que interagem com a espiritualidade, seja lá como for) avaliarem em que ponto estão de suas jornadas rumo a elas mesmas. Talvez, o convite para esse momento seja apenas respirar e observar, ações que são a base de conhecimentos milenares de autoconhecimento.
Houve um período na humanidade que o “papo” era reto com a divindade que habita em nós. É só olhar os povos antigos de várias civilizações, uma em cada canto do mundo, falando a “mesma língua”, mesmo geograficamente distantes. Mas isso foi se enfraquecendo e chegamos no ponto de delegar nossa espiritualidade, porém a Nova Era chegou.
A Nova Era trata justamente do nosso processo de emancipação das ferramentas externas para acessar o nosso divino. Claro que estamos no berço dessa nova jornada, mas a pandemia está nos dando a oportunidade de olhar para nossas necessidades e ver se ferramentas tão importantes para o nosso despertar não estejam sendo usadas como muletas.
Lógico que é maravilhoso congregar, sentir o deus que se é por meios disponíveis na matéria. É fantástico. Porém, não há egrégora que, de uma maneira ou de outra, não tente acender seu mestre interior. Portanto, é um tempo importante de reavaliação e se tudo que é falado, escutado, cantado, entoado ou sei lá mais o que esteja sendo aplicado num momento tão desafiador, porém também auspicioso, como este que estamos vivendo.
Observação e respiração, sempre, independente do seu credo ou da falta dele. É hora de ficar em casa e saudar o deus que habita em você. Medite!
Tem uma música do Daniel Black, que ele canta com o Milton Nascimento, chamada Maior. Vale escutar e se inpirar. Aho!
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*Tem muita coisa acontecendo no mundo e muitas delas passam desapercebidas por quem vive totalmente a ruptura causada pela existência dual. Estar atenta a esses acontecimentos não é ter poderes sobrenaturais, e sim uma antena potente que capta tudo ao mesmo tempo. Presente, passado e futuro se fundem no presente permanente. Carol nasceu com essa anteninha sensível, sensibilidade essa que aumentou profundamente após mergulhar de cabeça no caminho da espiritualidade e do autorreconhecimento. Jornalista, publicitária, instrutora de meditação e mais um universo de possibilidades, Carol vai dividir suas percepções na coluna Éter. Siga no Instagram.