Paulo Cesar Lima é um artista visual e fotografa festas populares e rituais de candomblé e umbanda enquanto desenvolve sua mediunidade
O ensaio fotográfico ODOYA – SARAVÁ expõe breves matizes de uma África além-mar. São fotografias que abordam fragmentos visuais do sagrado baiano, ritualizado nas festas de Yemanjá.
Prosperidade e esperança compreendem pedidos e agradecimentos à Senhora das águas salgadas. A atmosfera sincrética conduz uma plasticidade cultural, entre projeção e identificação.
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Do mar ao céu ao vento, os elementos celestiais do Candomblé exprimem a força negra, no diálogo com diferentes matrizes africanas. A marina de Salvador serve de paisagem fotográfica, a potencializar expressivas iconografias antropológicas do entorno soteropolitano. O cotidiano, aqui, (re)vela-se pelas sutilezas temáticas. Indiscutivelmente, há uma preocupação – estética, técnica e ética – com a textura visual de cada imagem captada
Nelas, o balaio enfeitado, uma travessa branca, vela azul, pedra cinza, rosa branca contextualizam a multiplicidade de significados entre o homem, a espuma das ondas e as oferendas para o orixá. Nota-se a acuidade cromática diante do fotografar, poético, os signos da religião (o Candomblé), ao articular um território complexo de estratégias discursivas.