Por Rafael Vilas*
Urano é um planeta que fala renovação, mudança brusca e rupturas. É quando o velho é destruído para que surja espaço para o novo. É a torre.
Urano fica 85 anos em média, em cada signo. E quando chega em Touro, – Signo do dinheiro e do trabalho – traz consigo uma nova revolução na forma como a economia e o trabalho se dá no mundo.
Assim como no Brasil, que é brutalmente influenciado por esse trânsito, pois sempre que passa em Touro, Urano faz conjunção ao Saturno do Brasil (que neste momento está exata), promovendo mudanças drásticas no funcionamento da máquina pública, na forma como se dá economia, a mão de obra e o trabalho, tal como mexe com o agronegócio, o sistema de exportações.
Na penúltima vez que Urano entrou em Touro – em 1850 -, na Inglaterra surgem as primeiras leis contra o comércio e tráfico de escravos, dando início ao processo do fim da escravidão dos negros, no qual nossa economia era pautada. No Brasil, surge a lei Eusébio de Queiroz, primeira lei, que iniciaria o longo e demorado processo da emancipação dos escravos.
Isso porque Saturno em Touro na Casa 6 – dos servos e trabalhadores – representa justamente os senhores de escravos e todos os seus negócios e interesses. As mudanças no modo como o mundo gera valor e riqueza, indicadas por Urano, foram retardadas ao máximo no Brasil, graças ao setor agrário e seu interesse no trabalho forçado dos trabalhadores. Mas a Revolução Industrial já estava em pleno vapor e uma nova forma de trabalho começará no mundo, dando início às bases do que hoje chamamos de capitalismo (Touro) moderno (Urano).
A última passagem de Urano por Touro foi em 1938. E no momento exato em que começou sua conjunção com Saturno do Brasil acontece o golpe de Vargas, dando início ao Estado Novo – uma ditadura violenta, que ao mesmo tempo traria um grande avanço industrial ao país, que ainda era agrário e, como hoje, comandada pelas oligarquias rurais, sempre contrária aos avanços industriais do país.
Vargas promoveu uma enorme verdadeira reforma no país e criou as primeiras leis trabalhistas da história do país da escravidão. Nesse sentido, o ciclo completo de Urano, – de 1850 a 1938 resultou, na prática, em um processo de modernização do trabalho e de uma libertação do trabalhador brasileiro, do jugo escravocrata.
Mas Urano sempre faz tensão a Vênus do país e isso mexe as bases da economia, com as exportações e com o quadro de ministros do país – todos assuntos regidos por nossa Vênus.
Agora, essa conjunção está em acontecendo, em exatidão. No momento, temos a instabilidade em todo setor de trabalho brasileiro, com pleno desemprego e endividamento de boa parte dos trabalhadores. Ao mesmo tempo que a revolução 4.0 está chegando, colocando em xeque boa parte dos trabalhos de ensino médio, muitos serviços ‘’braçais’’, a “especialidade” do brasileiro.
Agora, graças a falta de investimento real na especialização técnica do povo, a tendência é que muitos empregos sumam e muita gente não tenha como produzir ou receber por seus serviços. Urano sempre fala de revolução e melhorias, mas a instabilidade e a imprevisibilidade é sempre parte do processo. Muitas surpresas podem surgir para dar conta desse problema, que se tornará muito grande.
Saturno em Touro também representa os grandes bancos e seu poder financeiro, e com boa parte das pessoas sem consumir, sem receber e cheia de dívidas, a economia se torna cada vez mais travada.
Vamos ver se Urano será capaz de sacudir esse poder, fazendo com que ceda e abra espaço para o desenvolvimento financeiro da nação e dos trabalhadores, ou o país irá quebrar. Haverá avanços e digitalização massiva de transações bancárias e uma renda mínima pode realmente se tornar uma realidade, por necessidade.
A conjunção de Urano e Saturno do Brasil vai ir e voltar até o final de 2022.
*Rafael Vilas é capixaba (ES), tem 31 anos e é formado em comunicação. Porém, foi durante uma profunda busca interior que viajou para o Nordeste, onde foi apresentado à astrologia. Hoje, é escritor na página @astrologikaa e se dedica em tempo integral aos estudos dos astros e das práticas astrológicas. Prático, Rafael faz a leitura dos astros e fala sobre a influência deles no dia a dia da sociedade.
