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Pleiadianos e vidas passadas: Veja a outra história do pesquisador preso na Rússia por transportar ayahuasca

Por Caroline Apple

O ex-engenheiro elétrico da IBM e, hoje, pesquisador e terapeuta holístico Eduardo Chianca, de 69 anos, não tinha ideia que sua vontade de acessar cada vez mais seu Eu Superior o levaria para atrás das grades em uma prisão em Moscou, na Rússia.

Em 2016, Chianca ganhou destaque na grande impressa ao ser detido no aeroporto russo transportando alguns litros de chá de ayahuasca. No país de Putin, o DMT, princípio ativo do chá, está na lista de entorpecentes ilegais, portanto, quem é pego transportando esse tipo de substância é preso por, no caso do terapeuta, tráfico internacional de drogas. A pena pode ultrapassar 15 anos de detenção.

Porém, a imprensa destacou os trâmites jurídicos, o drama da família, as negociações do governo brasileiro com o governo russo (que inclui a intervenção direta do ex-presidente Michel Temer, responsável por negociar o caso de Chianca pessoalmente com Putin na época), mas nada foi dito sobre as impressões, sentimentos e entendimentos do terapeuta diante de sua prisão.

A justificativa pelo “silêncio” pode estar nas crenças pouco convencionais do pesquisador, que estava a trabalho quando foi detido. Chianca fazia uma verdadeira peregrinação pela Europa, dando palestras, ministrando cursos sobre a teoria desenvolvida por ele, a Frequências de Luz, uma espécie de reiki estelar, além de conduzir sessões com a medicina da floresta.

E a história envolve busca pelo autoconhecimento, pleiadianos (seres que viveriam no grupo de estrelas chamado plêiades), acesso à vidas passadas, limpeza de karmas e muita fé e consciência.

Confira o lado espiritualizado desta saga.

“Eu pedi por isso”

Em entrevista ao Namastreta, Chianca conta que, hoje, consegue perceber como ele mesmo arquitetou intuitivamente sua prisão. Parece loucura, mas o terapeuta explica. “Para aumentar nossa vibração e nos conectarmos cada vez mais com nosso Eu Superior, precisamos liberar traumas inconscientes, inclusive de outras vidas. E foi assim que fui parar em uma prisão em Moscou.”

Chianca lembra que a sincronicidade começou ainda no aeroporto de Recife (PE), na hora de despachar as malas na companhia aérea. Com a mala pronta para deslizar pela esteira rolante, o terapeuta afirma que decidiu pegar uma blusa de frio e pediu a bagagem de volta para a atendente. “Quando abri a mala, a moça do guichê viu que eu carregava garrafas com um líquido dentro e me perguntou o que era. Eu respondi que era ayahuasca. Na hora ela me questionou se o chá não era proibido na Rússia. Eu disse que não, por causa de uma série de tratados dos quais o país era signatário. E segui minha viagem.”

Acontece que ao desembarcar na cidade russa, o terapeuta foi recebido rapidamente e de “braços abertos” pelos policiais. “A mulher da companhia aérea havia comunicado minha chegada com a ayahuasca às autoridades russa. Então, o drama começou”, relembra.

Chianca não deixa de ressaltar o quanto a ação de pegar a blusa na mala era o início de sua jornada rumo a ele mesmo que, segundo o pesquisador, foi fruto da intuição do seu Eu Superior.

Liberando traumas

Não demorou muito para que Chianca começasse a entender os motivos que o levaram até aquele momento. O pesquisador conta que começou a ter acesso a vidas passadas, nas quais ora era um guerreiro Cherokee, grupo conhecido como peles vermelhas norte-americanos, ora era um professor e padre pedófilo, ora um militar russo violento e ora era uma curandeira celta sendo queimada na fogueira.

O que esses ‘avatares’ tinham em comum era a vida carregada de traumas, que o pesquisador acreditava carregar até aquele momento. Traumas esses que ele acreditava que o impediam de afinar sua conexão com seu Eu Superior.

Portanto, o medo de morrer na prisão, a solidão, o enclausuramento e tudo mais o que envolve a vida de um brasileiro preso numa cadeia russa, condenado por tráfico internacional de drogas lhe davam a chance de “limpar” esses karmas e, enfim, ter a chance de aprofundar na sua caminhada do autoconhecimento.

“O ideal é que a gente libere e purifique os traumas, que produzem medos inconscientes. Para acessar novos patamares de consciência é preciso se livrar desses traumas, deixar que eles se apresentem. Eu tive essa chance na prisão. Eu sabia que era uma missão e isso me dava coragem”, conta.

Os “milagres”

Logo de cara, o promotor de acusação pediu 17 anos de prisão, mas, o que já não é comum, muito menos em casos desse tipo na Rússia, Chianca foi condenado a “somente” seis anos de cadeia. Porém, mesmo correndo o risco de aumentar sua pena, o pesquisador entrou com um pedido de apelação, a contragosto, inclusive da família, e a sanção caiu para três anos.

“Nessa altura eu já estava preso há quase dois anos, portanto eu poderia pedir transferência para o Brasil. E foi o que eu fiz. Cheguei no país em 7 de dezembro de 2018. No dia seguinte eu já tinha uma audiência marcada e o juiz me deu o direito de cumprir o restante na pena em regime domiciliar, que durou até o dia 30 de agosto de 2019.”

Traumas liberados e um novo momento

Na cadeia, o pesquisador afirma que fez muitas preces, orações e criou uma bolha de proteção da negatividade do ambiente carcerário. Além disso, o processo de enclausuramento lhe rendeu três livros escritos a mão, que têm entre 300 e 600 páginas, cada um, e a elaboração de um programa espiritual chamado MAP (Movimento Ascencional Planetário).

“Está tudo uma maravilha, agora, né?! Não tive problemas de saúde física e nem metal. Sinto que passei na prova do guerreiro Cherokee com muita clareza e equilíbrio emocional. Só tenho a agradecer. A partir de agora será uma época criativa. No ano passado, viajei muito pelo Brasil e pelo exterior, arrumei as finanças, agora vou me dedicar aos meus livros e a receber os grupos de estrangeiros para estudo e também ir para outros países continuar levando meus conhecimentos.”

Chianca viaja o mundo todo levando sua terapia holística pleiadiana, Frequência de Luz, que ganhou reconhecimento internacional e é aplicada em mais de 20 países por mais de mil facilitadores capacitados por ele, além dos instrutores, os quais o pesquisador não tem controle para quantificar. Além disso, está à frente do Instiuto Plêiades, em Recife, onde ministra cursos, faz palestras e realiza sessões de ayahuasca para brasileitos e estrangeiros.

Em 2020, o terapeuta tem viagem marcada para os EUA, alguns países da Europa e não descarta voltar para a Rússia. “Era minha décima sexta viagem à Rússia quando fui preso. Em breve eu volto. Gosto muito do país.”

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