Início Entrevistas Vitor Dicastro é deboche, astrologia y política! Não gostou? Você que lute

Vitor Dicastro é deboche, astrologia y política! Não gostou? Você que lute

Por Caroline Apple

Sempre curti os vídeos do Vítor Dicastro no Quebrando Tabu. Não lembro em que momento percebi a “migração” de temas mais políticos para esquetes sobre signos, mas segui acompanhando, inclusive a evolução das produções. Um dia o encontrei na linha Lilás do Metrô de SP. Não falei com ele, mas depois ele me contou que só pegou aquela linha duas vezes na vida. Bom, e em uma delas ele viajou sob o meu olhar sem saber que estava sendo fitado. stalker, ela!

Mas agora botei a cara no sol e convidei o Vítor para bater um papo com o Namastreta. O chamado veio depois que li um post de desabafo do ator, onde ele assumia de uma vez por todas o seu lugar como o “cara dos signos” e o colunista do Quebrando Tabu, onde toca em assuntos que geralmente as pessoas não querem misturar: política e o universo holístico. Como se desse para separar. Hum, hum. Senta lá!

Vítor é puro deboche, mas fala bem sério quando o papo é política e direitos humanos. Foto: Breno da Matta/Divulgação

O “cara dos signos” me contou que todas as semanas perde cerca de 5 mil seguidores no Instagram quando descobrem que ele tem a “audácia” de falar sobre política. Gay, a luta LGBTQI+ está na sua pauta, assim como críticas ao governo Bolsonaro, defesa dos direitos humanos, ativismo e tudo mais que o levou a ter um espaço na página do Quebrando.

Antes de falar sobre astrologia, nas coxias do teatro, Vítor era o cara que saia fazendo a leitura zodiacal para “galera louca dos signos”. O Deboche Astral veio dessa intimidade com a astrologia, que começou como curiosidade e passou a ser um estudo, que reflete em suas piadas com os zodíacos. E para dar um up, convidou a astróloga Tifanny Justo, que trabalha com a linha da astrologia comportamental.

O quadro surgir paralelamente as eleições do Bolsonaro. Então bateu o receio dos dois públicos se encontrarem: o povo do signo e o povo da política. E isso se tornou um processo para Vítor até ele assumir para si mesmo que faria os dois trabalhos: “O público que lute”, chancelou.

Leia do desabafo do ator

Firme no propósito!

As métricas sempre são uma questão para quem trabalha com internet. Vítor diz que sempre se recorda do serviço social que presta ao falar sobre empoderamento, relacionamento abusivo, política, diversidade e representatividade para um público de mais de um milhão e duzentas mil pessoas no YouTube e mais de 700 mil no Instagram e no Facebook, em cada rede, que, muitas vezes, buscam, num primeiro momento, somente entretenimento por meio dos vídeos engraçados que o ator produz.

As pessoas que eu admiro, quando se posicionam, eu admiro ainda mais

E lidar com as críticas e a perda de seguidores se tornou algo rotineiro uma vez que decidiu assumir sua pluralidade sem ter que optar por uma coisa só. “As pessoas que eu admiro, quando se posicionam, eu admiro ainda mais. Elas aproveitam o ‘mic’ que elas têm nas mãos para fazer uma mudança social. Nossa sociedade está doente.”

Então, Vítor lida com quem chega até ele pelos vídeos astrológicos e passa a gostar ainda mais dele quando assiste aos seus vídeos políticos e com quem se “decepciona” quando é impactado pela opinião política do ator. Porém, para Vítor, é simples: “Ignorem. Não vou me resumir somente a um assunto por obrigação. Já refleti e meus conteúdos não são conflitantes. Hipocrisia seria eu fazer vídeos sobre LGBT e vídeos apoiando o Bolsonaro.”

Vítor levanta mais uma bandeira quando fala sobre acesso à informação. Para o ator, as discussões devem estar em todos os âmbitos sociais, não só na academia. “Quando a Anitta faz uma live sobre política com a Prioli, por exemplo, todo mundo ganha com essa diversidade.”

Agora você já sabe. Se seguir o Vítor vai ter que lidar com suas multifacetas ora astrológica, ora politizada, e sempre engajadas. E isso é ótimo!

Assista ao vídeo mais acessado do Deboche Astral no YouTube

Assista aqui a um vídeo do Vítor falando sobre relacionamento abusivo

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